ALEMÃES E JUDEUS
–
PEDRO LUSO DE CARVALHO
Há vinte e cinco anos
caia o Muro de Berlim. Há razões de sobra para que a data seja comemorada. A
Alemanha foi unificada. Os alemães não estão mais separados de seus familiares
e amigos. O regime sobre o qual passaram a viver depois desse acontecimento é
democrático. Na Alemanha Oriental o regime comunista limitava as suas vidas.
Nos anos de 1945 a 1989 os alemães que
residiam nas duas partes da cidade puderam fazer um balanço do fato histórico
que os levou à Berlim dividida, qual seja, a insensata declaração de guerra à
Polônia pela Alemanha, que deu ensejo à deflagração da Segunda Guerra Mundial.
O muro de Berlim foi consequência dessa guerra.
O muro, que foi
levantado pela antiga União Soviética, modificou a vida dos alemães das duas
partes de Berlim; além do isolamento, houve uma ruptura cultural entre eles. A
quota mais amarga dessa divisão coube à Berlim Oriental em razão do regime
político, que a sua população teve de submeter-se.
Os alemães que viveram
sob o regime comunista certamente não esquecerão mais essa fase nebulosa de
suas vidas. Esse período deve ter servido para suas reflexões sobre a barbárie cometida
pela Alemanha Nazista contra o povo judeu. Se os alemães ainda não aprenderam a
lição sobre a inviabilidade da pretensa superioridade de sua raça, terão que suportar
o inevitável sentimento de frustração. Os próprios fatos históricos dizem ser sem
propósito o ideal da pureza da raça ariana.
A divisão da
Alemanha, e depois a queda do Muro de Berlim, constituem-se em registros históricos
com grandes diferenças de outro registro da História: o Holocausto. A Alemanha torturou
e matou seis milhões de judeus, com crueldade sem precedentes na História, em
cujo período inexistiu valores éticos e morais e contribuiu para a morte de
quase sessenta milhões de pessoas no segundo conflíto mundial.
Nos dias que
correm, espera-se que as novas gerações da Alemanha capitalista e democrática
tenham se conscientizado de que o ideal da raça ariana pregado por Hitler morreu
com ele. Espera-se também que o Estado de Israel imponha-se com a sua força moral,
política e militar para que o Holocausto fique apenas na História e na memória
da Humanidade.
* * *
Bom dia!! Agradeço excelente postagem com informações da história!
ResponderExcluirPubliquei em meu Blog.
Grande abraço!
Pedramigo
ResponderExcluirRe-volto
Já saiu o Crónicas das minhas teclas e até já tenho o primeiro exemplar. Estou feliz; depois da trabalheira e confusões, o parto foi sem dor…
E na quarta-feira 26 às seis horas da tarde esperava-te no Palácio da Independência. Mas não pode ser nada....