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14 de mai. de 2018

[Poesia] PEDRO LUSO — A Fome




A FOME
PEDRO LUSO DE CARVALHO


Procuro palavras para o poema —
as dores levo presas no meu peito
para cantar, a escolha como tema,
um canto sem mesuras, deste jeito.

Nas tantas ruas de minhas andanças,
vejo tanta gente pobre, com fome,
homens, mulheres, velhos e crianças,
pessoas sem esperança, sem nome.

O que fazer para aplacar a dor,
dos despossuídos desta cidade?
Com armas, lutaria sem temor,
derrotaria a fome, essa crueldade.


Seja ação geral, da sociedade,
sem ideologia, com gerência,
que tudo seja feito, não a metade,
a fome não espera, pede premência.




*  *  *




39 comentários:

  1. La piaga della fame colpisce ogni giorno, migliaia di persone. Anche nei paesi industrializzati si vede gente che non ha cibo a sufficienza. La cosa vergognosamente tragica è che ogni giorno tonnellate di cibo buonissimo finisce nella spazzatura.
    Serena notte, un abbraccio
    enrico

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  2. A fome é cada vez maior e mais se alastra pelas ruas desse nosso país e planeta! Uma praga! Pena.Tão triste! A pintura do nosso Iberê bem retrata! abraços, linda semana,chica

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  3. É muito difícil Pedro falar da fome, sem as palavras doridas.
    Saber que muitos arrastam pela vida e que esta senhora cada vez mais é severa, como se tivesse uma maquina a gerar cada vez mais pobres.
    Uma boa semana de paz amigo.
    Abraços.


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  4. La povertà e la sofferenza di chi vive di stenti, non può lasciarci indifferenti e chi ci goerna dovrebbe provvedere, con urgenza, ad aiutare
    queste persone in difficoltà...
    Un caro saluto, Pedro,silvia

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  5. Un bello poema que nos recuerda la pobreza y enfermedad que muchas personas sufren en tantas partes de mundo.
    Un abrazo.

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  6. Bom dia. Parabéns pelo poema :))

    Hoje:- Sonhei...Com uma rosa prometida.

    Bjos
    Votos de uma óptima terça-Feira

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  7. A fome: um problema tão inquietante e incompreensível. O seu poema, a procurar as palavras para descrever este flagelo, é também ele inquietante e muito belo, complementado com a pintura de Iberê Camargo que toca a nossa mágoa.
    Uma boa semana, meu Amigo Pedro.
    Um beijo.

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  8. Nadie tendría que parecer hambre, ya que hay mucha abundancia y perdidas de productos a la vez, que el mundo esté mejor repartido, esperándolo así.
    Un abrazo.

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  9. Muito belo, porém triste!!


    Beijinhos e um dia feliz.

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  10. O povo é que se constrange com esse quadro de miséria, mas os governantes, os donos do poder?? Não, essa hora que passamos pela miséria, eles estão no seu banquete, com família, amigos ou colegas de poder , tudo regado pelos melhores vinhos. É assim que funciona tudo, com raríssimas exceções onde há países com consciência e responsabilidade.
    Esse poema é para nos tirar o fôlego, mostra a pura realidade de um mundo pouco preocupado com o ser humano (em dificuldade).
    Beijinho, daqui do lado.

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  11. Es, estimado Pedro, un desgarrador grito de impotencia, ante tantos que sufren.

    Abrazo austral.

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  12. Gostei do pema em quadras rimadas! Parabéns meu amigo! Navegas por outros mares na forma e é muito importante. Fernando Pessoa dizia que essas quadras ao gosto popular, têm os melhores versos ao gosto do povo, realmente. A fome! Fome que grita calada e o opulento não escuta, mas talvez no fundo, o miserável é mais rico que o portentoso rico. Lindo poema! Abraços. Laerte.

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  13. Un bello poema que sale a jirones de las entrañas como un grito de dolor.
    Emocionante, Pedro.

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  14. "que tudo seja feito, não a metade..." para acabar com a fome no MUndo!
    que excelente programa político para todos os poderes do Mundo

    um poema que é um farol luminoso!

    gostei muito, Pedro

    forte abraço. amigo

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  15. Amigo Pedro, difícil acreditar que em um País como o nosso, ainda possamos ver pessoas em triste situação de fome, pois o Brasil é riquíssimo, cobra os mais altos impostos, (que pagamos dobrado) e a nossa impotência está na falta de leis que iniba tantos assaltos aos cofres públicos, que pena!
    Sensibilidade, pois é, tens, eu tenho, muitos têm, mas...
    Lindíssimo poema, pode parecer ironia, mas não é, tivestes inspiração, a fome realmente não pode esperar, não pode!
    Abraços apertados!

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  16. Que bela e verdadeira a sua poesia, meu amigo!
    Há realmente muita fome, aqui também há quem viva com muitas dificuldades
    infelizmente. Gostei muito do que li, é muito triste, há uns que têm tanto
    e outros que nada têm!
    Meu abraço fraterno, de Paz e Bem.

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  17. Cierto, Pedro. El hambre no espera. El hambre no tiene estilo. No aspira a la belleza. No sabe de Consejos de Ministros. Es sólo hambre y quien la sufre,lo sabe.
    Saludos.

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  18. Muy sentido el poema que nos hace ver las calamidades que sufren muchos de nuestros congéneres y que se arreglarían con una buena gestión de los recursos.
    Bello poema. Abrazos.

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  19. Ola PEDRO LUSO,
    chequei até aqui através do excepcional blog da minha amiga virtual TAÍS LUSO e a convido para conhecer meus blogues.Num deles o HUMOR EM TEXTOS, nesta semana,comentamos sobre o noticiário necrológico que tomou conta do nosso Brasil.
    Um abração carioca estou seguindo você e prometo voltar para ler atentamente todo o seu blog.

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  20. ps.já o seguia , mas tenho sentido sua falta por lá.Abração

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  21. Excelente, Pedro!
    Excelente, tanto no plano literário, como pela crítica e mensagem social.
    Fome, é uma palavra que me horroriza, uma crueldade que ainda não foi erradicada neste século...
    Parabéns pelo poema de intervenção.
    Ando a despedir-me, pois vou estar ausente.
    Abraço, Amigo.
    ~~~

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  22. Una persona sola, no puede hacer nada, pero uniendo las fuerzas de muchos se pueden obtener buenos logros.

    Besos

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  23. Boa noite Pedro!
    Verdades incontestes relatadas em versos, e a fome é geral tanto nas grandes como nas pequenas cidades, penso que de agora em diante será um tanto pior. Debelar esta carência mundial, como?
    Bom final semana!
    Grande e fraterno abraço!

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  24. Te deseo un bello fin de semana.
    Tu poema es emotivo y verdadero.
    Un beso.

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  25. Boa tarde, Pedro
    a imagem postada por você já nos deixa de coração machucado por tantas pessoas que sofrem com a fome.Desde que conheço alguma coisa da vida, ouço falar da terrível fome, mortes devido a ela. Infelizmente, quem tem o poder nas mãos nada faz,como será a prestação de conta deles com Deus?Se Jesus nos ensinou a amar o próximo, então está tudo errado.(não incluo todos), mas uma grande maioria. Parabéns pelo seu poema de reflexão. Abraços!

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  26. Uma realidade tão dolorosa e tão bem reflectida neste belo, profundo e sentido poema.
    Bom fim de semana
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  27. A dor do poeta emerge de tal forma do poema que o li e me arrepiei.
    Gostei muito!

    Pedro, o título do poema (apenas o título) lembrou-me o romance "Fome" de knut Hamsun (Prémio Nobel e Literatura). Está no meu blogue, espreita. É fabuloso! Procura e lê. Deixo-te a sinopse, que tirei da net.
    «A acção de «Fome», um romance marcante e considerado um clássico da literatura mundial, decorre nos finais do século xix. O narrador, um jovem escritor, um homem solitário, deambula pelas ruas de Kristiania (actual Oslo) numa miséria extrema, enregelado pelo frio e tolhido pela fome. Essa miséria em que vive, provoca-lhe momentos de delírio e violentas variações de humor. Mas cedo nos apercebemos de que a "fome" desse sonhador não é apenas física. Há a procura de uma identidade e de um reconhecimento dentro das suas próprias alucinações.»
    Desculpa o abuso.
    Abraço.

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    1. Não se trata de abuso, Teresa, mas de uma importante contribuição para mim, como leitor, já que, embora detentor do Prêmio Nobel de Literatura, não o conhecia.
      Nas minhas visitas às livrarias vou procurar o livro "fome, que tu me indicas.
      Obrigado minha amiga pelo comentário e pela indicação.
      Um bom domingo.
      Um abraço.
      Pedro

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  28. Un placer volverte a leer... un abrazo desde España

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  29. Olá Pedro
    O tema que delineaste trazendo uma crítica e fabulosa mensagem social causou-me arrepios e compungida li até o final. Como erradicar? O mundo sofre e nada se faz para minimizar esse sofrimento atroz
    Um abraço e uma boa semana

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  30. Palavras para a fome meu amigo Pedro calam no fundo de nossa alma, onde mora a fome de justiça que tanto nos incomoda também.
    Uma boa semana para vocês como frio que sei baixou por aí.
    Meu abraço de paz e luz amigo

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  31. Querido, Pedro, un bello poema para narrar con valentía la injusticia que asola el mundo.
    Me ha encantado.
    Te felicito.

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  32. Sensibilidade ao abordar este tema, Pedro. Tema, aliás, que deveria estar muito acima de partidarismo político por tratar de assunto que deveria estar acima de posições políticas. A fome é um problema mundial, que a todos nos deveria envergonhar. Parabéns.

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  33. Um poema com um alerta social muito relevante, a fome continua ferindo e matando sem piedade. Trabalho em uma Creche na periferia e me deparo com a face da fome todo dia, é uma tristeza, sobretudo, quando percebemos que quem pode e deve fazer, a classe política, cruza os braços e a gente fica com sensação de inutilidade diante dessa situação.
    Abraços!

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  34. Fome um problema que nos deveria de envergonhar como seres humanos que somos.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  35. Uma realidade, cada vez mais presente... um pouco por todo o lado... pois as clivagens sociais têm aumentado... apesar de tantos avanços tecnológicos... não se consegue acabar com a fome no mundo...
    O desperdício de uns países... daria para combater a fome de outros...
    Por exemplo, o pescado e os produtos agrícolas, que não estão dentro dos padrões de exigência, para efeitos de consumo, na União Europeia, dariam para alimentar quase todo o continente africano... em vez disso... são destruídos... esgotando-se assim, e desperdiçando-se tantos recursos, inutilmente...
    Uma cenoura torta, um peixe mais pequeno, uma maça meio tocada, conservam suas propriedades alimentares... dariam para alimentar alguém faminto... em vez disso... opta-se por destruir, por não cumprirem os padrões qualitativos de exigência estipulados pela UE... pois encaminhar os produtos, para quem deles precisa... tem seus custos... que ninguém quer assumir...
    Não dá para entender, tantas opções cruéis, deste nosso mundo insano...
    Mais um excelente momento poético, que nos vem relembrar um problema bem pertinente... e cada vez mais presente... pois os recursos do planeta, não são inesgotáveis... e este nível de desperdício... mais tarde ou mais cedo... ainda apresentará a todos... uma factura bem mais pesada, num futuro... não muito distante...
    Abraço! Bom fim de semana, Pedro!
    Ana

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    1. Concordo inteiramente contigo, querida amiga Ana, pois também entendo que os alimentos desperdiçados nos países desenvolvidos poderiam alimentar muitos africanos, como dizes, que sofrem com a fome.
      Obrigado Ana pelo ótimo comentário a este poema que trata dessa ignominia, a fome, problema social que está longe de ser resolvido.
      Um excelente final de semana.
      Beijo.
      Pedro

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  36. Fiquei emocionada com este grandioso poema tão belo,
    inscrito na dor do descaso, do abandono social e da
    pior ferida, a fome!...

    "Procuro palavras para o poema —
    as dores levo presas no meu peito
    para cantar, a escolha como tema,
    um canto sem mesuras, deste jeito."

    Admirável o seu talento poético e a sensibilidade
    humana espelhada na sua arte, a alma do Poeta:

    "Seja ação geral, da sociedade,
    sem ideologia, com gerência,
    que tudo seja feito, não a metade,
    a fome não espera, pede premência."

    Parabéns por mais um excelente e valoroso
    poema nesta sua arte, meu amigo.

    Grata pelas leituras aqui, Pedro!
    Beijo.

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    1. Obrigado, querida amiga Suzete, pela amável visita e pelo seu comentário, no qual não poupa palavras de incentivo, que os recebo com alegria e com a certeza de que sigo no rumo certo, já que tais incentivos vêm de poetisa de grade talento.
      Beijo.
      Pedro

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muito obrigado pela sua leitura e comentário.
Meu abraço a todos os amigos.

Pedro Luso de Carvalho